Amazonas apresenta potencial produtivo do setor primário para secretários do Acre e Roraima

A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) e órgãos vinculados (Idam, Adaf e ADS) realizam, desta quarta-feira (16/12) até a sexta (18/12), o Intercâmbio Amazonas/Acre/Roraima. O objetivo é trocar experiências de boas práticas das cadeias produtivas de potencial no Amazonas e discutir políticas públicas que apresentam resultados no setor do agronegócio. A abertura do evento aconteceu hoje (16/12), na sede do Sistema Sepror, zona sul de Manaus.

Os representantes do Sistema Sepror receberam, na sede do órgão, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/Roraima), Emerson Baú; o secretário de Produção e Agronegócio (Sepa/Acre), Edivan Azevedo; e o diretor-presidente da Agência de Fomento do Estado de Roraima, Adailton Fernandes.

“Esse é o momento para trocarmos experiências e encontrar soluções para os problemas do setor primário. Essas oportunidades são únicas e enriquecedoras, porque é através do diálogo, do aprendizado, da troca de conhecimentos e políticas públicas para o setor, que conseguimos interiorizar o desenvolvimento do setor primário e criar novas matrizes econômicas para o estado”, disse o secretário titular da Sepror, Petrucio Magalhães Júnior.

Na ocasião, o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Valdenor Cardoso, apresentou os Projetos Prioritários de cadeias produtivas como o café, açaí, grãos, pirarucu e outros já iniciados no Amazonas, que colaboram com a segurança alimentar e economia do estado. Ele também falou das ações do Instituto voltadas à questão agroambiental.

O diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Alexandre Araújo, destacou a parceria com os estados do Acre e Roraima. Os três estados têm atuado em parceria com ações de fiscalização de trânsito agropecuário interestadual. As ações são alinhadas com ênfase aos programas nacionais de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa) e de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), sendo executadas pelas equipes de fiscais agropecuários médicos veterinários e engenheiros agrônomos da Adaf, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (Idaf-AC) e da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr).

Na parte de comercialização, o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), Sérgio Litaiff Filho, destacou a interiorização dos programas executados em prol do produtor rural. A ADS atua no apoio à comercialização de produtos da agricultura familiar e fomento das ações de dinamização das cadeias produtivas.

Para o secretário da Seapa/Roraima, Emerson Carlos Baú, essa sinergia entre os estados é de grande importância para o setor rural. “Em Roraima, nós lançamos o primeiro plano de estado ‘Roraima 2030’ e vamos apresentar também o primeiro plano agrícola, que vai trabalhar 14 cadeias produtivas, entres elas a do cacau. E queremos saber as experiências com a cultura no Amazonas”, destacou.

O secretário de Produção e Agronegócio do Acre, Edivan Azevedo, destacou que o estado tem grande incentivo na economia florestal e está trabalhando um sistema de desinibição agropecuária, que até 2018 não tinha a soja e nem o milho em escala comercial do agro. “Agora em 2021, por exemplo, vamos colher cerca de 600 mil sacas de soja de uma área de 10 mil hectares e vamos colher da agricultura comercial cerca de 20 mil hectares de milho”, destacou.

Visita técnica – Pela parte da tarde, a comitiva visita a fazenda Santa Rosa, em Iranduba, que é uma propriedade modelo nas atividades de piscicultura e fruticultura. E ainda, a sede da Agência de Fomento do Amazonas (Afeam), para apresentar aos visitantes alguns dos programas desenvolvidos no Amazonas como o Pró-Mecanização e o Pró-Calcário.

O diretor-presidente da Agência de Fomento de Roraima, Adailton Fernandes, falou da importância de integrar as cadeias produtivas que possam desenvolver o estado de Roraima como também a Amazônia através do crédito rural.

“Estamos avançando nas melhorias, no sistema operacional, na aplicação do crédito, assim como na regularização fundiária e ambiental. Vamos verificar como as instituições têm trabalhado aqui para também aplicarmos no nosso estado”, ressaltou.