Prefeitura de SP avalia fim do uso de máscara no Carnaval de 2022
Administração municipal planeja festa sem restrições, com a estimativa de 15 milhões de foliões na capital paulista
O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, afirmou, nesta terça-feira (5), que a Prefeitura de São Paulo avalia o fim do uso da máscara no carnaval de rua de 2022. A prefeitura planeja festas sem restrições sanitárias no ano que vem e estima a presença de 15 milhões de foliões na capital paulista.
“O uso da máscara foi decisivo para o controle da pandemia, e a adesão da população é muito grande. Até o dia 15 de outubro, estimamos que 90% da população tenha tomado a segunda dose da vacina. Em outubro também teremos dado a dose de reforço à população com mais de 60 anos. Hoje, temos uma média de 15 óbitos a cada sete dias. Isso será analisado para a possibilidade de não utilizar a máscara”, afirmou ele durante coletiva de imprensa.
Segundo Aparecido, a organização do Carnaval depende das avaliações da Secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária. “Esse conjunto de técnicos que construiu as estratégias de enfrentamento da pandemia na cidade”, diz. “Estamos hoje com uma média móvel de 562 casos. Em março de 2021, eram 6.964 e em junho 2020, 2.868. Esse cenário é que vamos ter que acompanhar. A prefeitura não poderia se furtar a iniciar o planejamento”, explicou.
O secretário de Saúde disse ainda que somente o surgimento de uma nova variante poderia fazer com que a cidade alterasse as estratégias para a realização das festas. “O evento adverso seria o surgimento de uma nova variante, o que hoje não temos. Esse cenário que acompanhamos diariamente, sua evolução ou regressão.” Segundo a pasta, atualmente 82% das pessoas estão vacinadas com a segunda dose. “Todos esses aspectos serão levados em conta e, nesse momento, nos permitem iniciar o planejamento do evento.”
Em relação a um eventual controle de aglomerações nas festas, o secretário disse que não seria possível exigir o comprovante de vacinação de toda a população. “Em um evento dessa natureza fica muito difícil ter um controle de comprovação vacinal, o que temos é o avanço do processo de vacinação. Mas não podemos fazer quatro meses antes uma avaliação futura porque mudanças podem ocorrer.”
O secretário municipal das Subprefeituras, Alexandre Modonezi, detalhou o planejamento para o carnaval de rua em São Paulo. Segundo ele, nos últimos quatro anos, o público saltou de 3,5 milhões de foliões, em 2017, para 15 milhões, em 2020.
Ele explicou ainda que 85% do público está concentrado em 10% dos eventos. O carnaval de rua está presente nas 32 subprefeituas da cidade. Em 2020, houve 670 desfiles em oito dias com 570 blocos. De acordo com o secretário, os desfiles se concentram por região, sendo o centro o local que reúne a maior quantidade de blocos, seguido pela zona oeste, Pinheiros e Lapa.
A cidade, segundo ele, se organiza para grandes e médios polos. “Não estamos ampliando nenhum novo trajeto, serão as mesmas áreas em que houve desfiles nos anos anteriores”, explicou. “Definimos os melhores locais para os trajetos. Cada um dos grandes polos tem capacidade de 2 milhões de pessoas por dia. É um estudo que a cidade não tinha e dá mais condições para se estruturar.”
O período de inscrição para os blocos vai de 15 de outubro a 5 de novembro. “Vamos liberar os blocos que já têm tradição, que já fazem parte do Carnaval de São Paulo. Os novos blocos serão analisados em seguida”, afirma.