Prefeitura informa mudanças na oferta de suplementação de ferro para bebês de 6 a 24 meses

Fortalecendo a oferta de sulfato ferroso na rede municipal de saúde, a Prefeitura de Manaus informa que foi atualizada a conduta do Programa Nacional de Suplementação de Ferro para os bebês de 6 a 24 meses de idade, seguindo recomendação do Ministério da Saúde. Agora, esse público deverá receber a suplementação em dois ciclos, cada um com três meses de duração.

O micronutriente é disponibilizado em todas as unidades básicas da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), e pode ser retirado nas farmácias, mediante apresentação de prescrição médica. No ano passado, 4.510 crianças foram beneficiadas com o serviço na capital amazonense.

“As crianças nessa faixa etária têm a necessidade aumentada desse mineral, pois estão mais suscetíveis a infecções e têm menor capacidade de produtividade e aprendizado imunológico”, explica a chefe do Núcleo de Alimentação e Nutrição da Semsa, Lia Ferreira.

A nutricionista disse que, ao buscar a unidade, os usuários devem apresentar RG ou certidão de nascimento, CPF e Cartão Nacional de Saúde (CNS) e que a prescrição para retirada do micronutriente na farmácia deve ser feita durante consulta médica ou de enfermagem.

Conforme as novas orientações do Ministério da Saúde, repassadas aos profissionais da Semsa por meio de Nota Técnica, a suplementação de ferro deve ser iniciada aos seis meses, sendo feita diariamente por três meses. Ao encerrar o primeiro ciclo, deve ser feita uma pausa de três meses, e a partir daí, começar um segundo ciclo de suplementação por mais três meses.

“O responsável recebe o suplemento líquido para dar para sua criança todos os dias, em casa mesmo. Os farmacêuticos entregam uma quantidade para ser usada por três meses, e os pais devem retornar à UBS para pegar o micronutriente que será usado no segundo ciclo da suplementação. Os prazos e intervalos para esse serviço também são os mesmos caso a criança seja inserida no programa após os seis meses de idade”, detalha Lia.

Além das crianças, a Semsa também alcança gestantes e mulheres no pós-parto ou pós-aborto com o Programa de Suplementação de Ferro, porém a conduta para as mulheres é diferente e deve ser prescrita pelo profissional que realiza o pré-natal.

Importância

A nutricionista Lia Ferreira destaca que as pessoas, mesmo aquelas que possuem uma alimentação rica em ferro, possuem dificuldade em atingir as necessidades diárias desse mineral, por isso a suplementação profilática se mostra relevante, evitando a anemia por deficiência de ferro, principalmente nos primeiros 24 meses de vida.

“O mineral ferro trabalha diretamente na corrente sanguínea, fazendo o transporte de outros nutrientes, levando oxigenação para o músculo, cérebro e outras partes do corpo. Quando temos o volume ideal desse mineral, temos a transferência adequada de tudo isso. Dessa forma, a criança poderá alcançar o seu potencial de desenvolvimento, e se tornar um adulto saudável”, observa Lia.

Ainda de acordo com a nutricionista, é indispensável que a criança mantenha uma alimentação saudável, com quantidade adequada de alimentos ricos em ferro, como carne, frango, ovos, feijão, vegetais de cor verde escuro como a couve, entre outros.

Análise dos casos

Antes de ser inserida no programa, a criança precisa passar pela consulta com profissional de saúde para sejam identificados possíveis casos especiais. O tratamento deve ser prescrito de acordo com a conduta clínica do profissional responsável em casos de diagnóstico de anemia.

As crianças que não estejam em aleitamento materno exclusivo, antes dos seis meses de idade, e recebam leite de vaca poderão ser submetidas à suplementação de ferro a partir dos quatro meses de idade, juntamente com a introdução da alimentação complementar, conforme recomendações do Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos.

Para crianças prematuras ou nascidas abaixo do peso, a conduta segue as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Aquelas que apresentam doenças que resultam no acúmulo de ferro, como a doença falciforme, talassemia e hemocromatose, devem ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a viabilidade do uso do micronutriente.

Texto – Victor Cruz / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa