Lançamento de “Um Bar Chamado Patrícia”, leva grande público ao Palácio Rio Negro em noite de autógrafos

Lançamento de “Um Bar Chamado Patrícia”, leva grande público ao Palácio Rio Negro em noite de autógrafos

“Um Bar Chamado Patrícia”, livro do estilista Bosco Fonseca, reuniu um público diversificado no lançamento, ocorrido na noite de sexta-feira (16), no salão nobre do Palácio Rio Negro com sessão de autógrafos. O autor agradeceu e chegou a se emocionar durante o evento.

“Vocês não sabem o carinho e a satisfação de recebê-los hoje, aqui, nesse momento maravilhoso da minha vida. Quem diria, um estilista virando escritor, e aconteceu. Foi uma noite memorável de encontros e reencontros, que vai ficar na minha memória, com a presença de amigos e apoiadores da literatura amazonense”, afirmou Fonseca.

Os jornalistas Nívia Rodrigues e Carlysson Sena, que assinam a coordenação editorial e revisão, respectivamente, da publicação, destacaram o pioneirismo da obra, que relata fatos verídicos tendo o autor como protagonista.

A jornalista Nívia Rodrigues, falou como foi participar de algo tão significativo para o público LGBTQIA+ no contexto da história do Amazonas, e revelou uma provável continuação da obra.

“Pioneirismo, ousadia e coragem classificam essa obra. Foi uma grata satisfação ter participado de um projeto que se reflete em um marco na história do Amazonas. O Bosco viveu o início de um movimento que saiu fortalecido do processo e garantiu às gerações futuras mais liberdade. Nesse volume falamos de história, no próximo, entraremos mais na intimidade do autor”, salienta a coordenadora editorial.

Carlysson Sena, jornalista que fez a revisão final do projeto, exaltou a coragem do autor em uma época onde o preconceito era ainda mais pungente. “Por causa de pessoas corajosas como Bosco Fonseca na década de 60/70, hoje, os homossexuais podem caminhar tranquilos por Manaus sem serem agredidos, sem sofrerem preconceitos pesados. Não que o preconceito não exista, ele está aí, mas o Bosco foi o precursor e deu esse início na luta LGBT dentro do nosso estado”, concluiu o jornalista.

A narração de Bosco Fonseca, com relatos vivenciados pelo próprio autor, contém uma boa dose de humor, levanta questionamentos e reflexões sobre o tratamento dispensado aos homossexuais, como por exemplo, no auge da ditadura militar (1964-1985), em um cenário improvável para aquela época.